quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mantega sugere alíquota única para ICMS interestadual.




A proposta do ministro da Fazenda deve ficar entre3% a 

4%, afim de evitar guerra fiscal entre os estados.


Atualmente, existem duas alíquotas de ICMS: 7% e 12%.



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que o governo federal tem uma proposta para reduzir as alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com o objetivo de combater a guerra fiscal. A proposta, segundo Mantega, é de uma alíquota única, em torno de 3% a 4%, para que não seja possível aos estados concederem incentivos. Atualmente, existem duas alíquotas de ICMS: 7% e 12%. "Queremos reduzir para o patamar de 3% a 4%", disse o ministro, durante abertura do seminário Federação e Guerra Fiscal, realizado em Brasília.

Mantega afirmou que a guerra fiscal se transformou em um grande leilão, em que as empresas procuram a melhor oferta de redução do ICMS. "Este leilão não é bom para os Estados e só beneficia as empresas", frisou o ministro. Ele lembrou ainda que a guerra fiscal tem levado à acumulação de créditos tributários pelas empresas, já que os estados onde os produtos são vendidos não reconhecem o crédito gerado no estado em que a mercadoria foi produzida. "Há fortes conflitos entre os estados, e os conflitos estão chegando ao Supremo Tribunal Federal (STF), com ações de constitucionalidade", disse Mantega, que acredita que os questionamentos na justiça geram insegurança jurídica. "A generalização da guerra fiscal leva à exacerbação e tira a eficácia do instrumento", destacou.

Guido Mantega afirmou que a parte mais nociva da guerra fiscal é para a importação de produtos. "Ele é utilizado por uma minoria dos estados, mas que resulta em incentivo para o importado, que paga menos ICMS. Com isso, o estado está estimulando a exportação de emprego para outros países, no momento em que a concorrência internacional se torna mais aguda", afirmou. Segundo ele, a crise internacional levou à exacerbação da concorrência mundial. "Os mercados não se recuperaram, e as empresas de manufaturados trabalham com capacidade ociosa. Países como Brasil, que conseguiram manter o dinamismo, são alvo de cobiça dos exportadores de outros países", disse.

FONTE: VEJA

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