terça-feira, 11 de outubro de 2011

Artigo: O Manual de combate dos Fuzileiros Navais do EUA e os Concursos Públicos.


Professor William Douglas

Os amigos já foram informados de que lancei o livro A arte da guerra para concursos, onde comento a obra de Sun Tzu e Wun Dzu. A pesquisa e elaboração de meu livro fizeram com que eu me detivesse sobre a história das guerras, estratégias etc e observasse de que forma elas se aplicam aos concursos públicos.

Apresento, aqui, um trecho de um capítulo, no qual discorro sobre a aplicação de técnicas eminentemente militares aos concursos públicos. Espero que lhe agrade.

No livro, repiso a importância da fluidez, flexibilidade e adaptação. Nesse passo, O Manual Warfighting do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (A arte da guerra: uma nova interpretação, Ed Campus/Elsevier, 2001, p. 139) afirma, na linha do que Sun Tzu pregava:

“Como atrito e incerteza, a fluidez é atributo inerente da guerra. Cada episódio da guerra é o resultado temporário de uma combinação singular de circunstâncias, apresentando uma série singular de problemas e exigindo uma solução original. Não obstante, nenhum episódio pode ser visto isoladamente.

Em vez disso, cada episódio se funde com os que o precedem e o seguem – modelado pelos primeiros e modelando as condições dos segundos – criando um fluxo contínuo e flutuante de atividade, repleto de oportunidades fugidias e eventos imprevistos.

 Como a guerra é um fenômeno fluido, sua condução exige flexibilidade de pensamento. O sucesso depende em grande parte da capacidade de se adaptar – modelar antecipadamente eventos mutáveis, em vantagem própria, bem como reagir rapidamente a condições em constantes mudanças”.

A vida pode ser vista como uma guerra, e os concursos também. Embora me desagrade a visão belicista, também vale o brocardo “Se vis pacem, para bellum” (Se queres a paz, prepara-te para a guerra). Até o dia em que o leão sentar-se ao lado do cordeiro e que as crianças não aprendam mais a guerrear por não ser mais preciso, contudo, as noções militares são lamentavelmente necessárias para a vida. E para os concursos.

Repare, oriundo de Sun Tzu ou do Manual de Guerra dos Fuzileiros Navais dos EUA:

É preciso flexibilidade.

É preciso saber que ocorreram mudanças imprevisíveis.

Nada está isolado: o passado influencia o presente e o presente o futuro.

A condução de qualquer guerra exige flexibilidade de pensamento.

O sucesso depende em grande parte da capacidade de adaptação.

O sucesso depende da capacidade de se moldar os eventos mutáveis em vantagem própria (e para lidar com os eventos imutáveis, que chamo de “o imponderável”, cabe a resignação e a temperança, e, novamente, a capacidade de adaptação).

Isso eu já tinha dito antes, no livro Como passar em provas e concursos. Está lá, explicado detalhadamente. Continuo recomendando sua leitura, ou ao menos a de seu resumo, o Guia de aprovação em concursos, pois abordam técnicas específicas que não são o objeto dos presentes comentários. Este comentário a Sun Tzu é um livro autônomo, mas, para aqueles que assim desejarem, há uma boa complementação de técnicas, dicas e macetes nos livros citados.

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